sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Desabafo

E tudo aconteceu assim!
Não terminou por pé na bunda, não acabou por causa de traição, acabou por decisão de ambas as partes.
Estranho? Bom, no mínimo pouco comum.
O que aconteceu é que o senhor tempo, ou o falado destino, ou o que quer que seja resolveu nos cobrar evolução e pra obter certas coisas nós teríamos de colocar algo em jogo, e isso foi o nosso relacionamento. Foi o que fizemos porque achamos que isso era o que devia ser feito.
E foi em um domingo de janeiro que nós nos olhamos pela última vez.
Foi a última vez que te levei até o portão e te vi ir embora com a mochila nas costas.
Ao entrar em casa você ainda estava alí: nas fotos, nos livros, na toalha amarela, no cartão...
Mas me diz, como te tirar da minha casa se você é tão presente em meu ser?
Foi você que acreditou em mim, você que não ouviu o que os outros diziam e apostou em nós, e apostou certo.
Foi você, meu menino, meu amor, que me conheceu como eu realmente sou, com todos os defeitos e qualidades, todos os sorrisos, todas as inúmeras lágrimas e mensagens de bom dia.
Ainda nos falamos, ainda nos preocupamos um com o outro, ainda lembro de você todo dia e sinto saudade da sua gargalhada, mas também morro de orgulho ao ver que nossa decisão está rendendo frutos e você está bem e que sua carreira está evoluindo rapidamente.
Mesmo que ninguém entenda, nós sabemos que por nos gostar demais é que queremos ver o outro crescer, e por isso tomamos essa decisão de você ficar aí e eu voltar pra cá.
Que teus dias cansativos lhe rendam grandes resultados.
Eu te amo

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